Elas são ciumentas. Possessivas. Birrentas. Intriguentas que só elas.
As palavras.
Pelo menos no meu caso este é o caso.
Me querem sem desvio.
As minhas palavras só amam quem não me rouba a atenção.
Elas gostam de ser as mediadoras, as interlocutoras, as divulgadoras do meu desejo.
As minhas palavras abandonam quem as inquire.
As minhas palavras me abandonam se eu assim permito.
Não aceitam pudor, timidez, receio.
Minhas palavras não aceitam a censura.
Me desafiam:
- Assuma a contenda, pois então! Ou não és mulher para isto?
Não sou.
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