segunda-feira

Olha... eu não queria que você partisse...
Tá, eu sei, eu não fiz nada, nada mesmo, pra que você ficasse.
Ao invés disso eu lhe joguei um eu-tô-namorando pelos peitos!
É que eu tenho essa mania de perfeição contra-producente; moldada, creia você, nas milhares de baboseiras fantasiosas românticas que tive que engolir a vida inteira! É uma obsessão pela 'magia', que enfiam na cabeça das mulheres...
E lembra daquele encontro? Aquele, depois que você viajou, que passou, sei lá, uns dois meses fora. Foi tão insosso! Tão, tão, aqui pros meus moldes de anti heroína de comédia romântica... É que o senhor é meio taciturno, meio sombrio, não é moço...? E eu com a minha carência monstra, ainda curando ressaca de uma paixão mal vivida, e sendo toda bem cuidada pela menina dos zóio grande que dias antes velou o meu sono numa noite de pesadelos. Neste dia, moço, eu precipitada e ansiosa, me decidi pela menina. Achei excitante o desafio; achei aconchegante o peito macio dela; quis pagar pra ver! (paguei caaaaaro, seu moço!!! rs)
Aí me acostumei a ter você ali, silencioso e meio indiferente, mas, à sua maneira, sempre à postos todas as vezes que precisei resgatar minha autoestima. (é feio usar os outros de remedinho, né? mas você nunca pareceu se incomodar...).
Eu sou inábil, moço, muito inábil, absolutamente inábil, nesse troço de se abrir pro outro entrar.
Eu não enxergo convites, eu interpreto tudo como uma vassoura atrás da porta.
Aí todo mundo vai embora mesmo... Você não foi o primeiro não. Isso é bem ruim pra mim...
Mas eu não queria não ver você cantando pra outra menina...
Que coisa, não?!
Minha burrice amorosa não tem mesmo nenhum limite!
Vixe!

Vá, vá, vá embora.

Eu sempre tenho a expectativa que, de uma próxima vez, eu vou acertar.

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