quinta-feira

Você não deixou eu te amar.

Você apunhalou, seco e cirurgicamente, o meu mais recente suspiro.

Você podou o meu delírio e abortou o meu verso.

Pedro, você é um assassino de poesias.

Que o verso talhado em tronco de árvore, Pedro, eu alimento das minhas sensações. 

Estancar assim uma artéria cheia de sangue vivo é cheio de egoísmo. Pedro, é cruel não deixar nascer um amor inventado. Pedro, você é um sujeito egoísta. E eu prefiro amantes altruístas. Mesmo que sem retribuição.

Agora tenho que me virar com palavras sem cadência, porque sensação estancada não alimenta rima, não têm melodia, não ganha atenção.

Pedro levou minha matéria prima. Pedro é um homem sem nenhuma consideração.

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