domingo

Priscila acordou no meio da madrugada. O abajur havia ficado aceso. Ela gosta de acompanhar também com olhos os corpos se deglutindo. Pulou Roberto na cama, aspirou o cheiro que emanava da pele dele - meio sexo, meio perfume. Desligou o abajur, pulou o moço de volta, se encaixou de costas na curva do peito dele que, sem despertar, a abraçou. Antes de pegar no sono novamente Priscila pensou que a magoava muito essa posição de passividade, expectativa, necessidade e dependência que sentia em relação à presença de um homem.

Quando o mundo vai deixar de ser um lugar tão cruel para as mulheres?

Priscila amava Roberto, mas odiava precisar que ele existisse em sua vida.

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